Não é tão dificil ceder aos seu doces caprichos,mesmo quando sei que acabo mal.
O assunto não é mais tão atual assim.
Aconteceu há 3 semanas. Mas sinto como se tivesse acontecido há duas horas atrás.
Fazia frio. Eu estava gripada e um único pensamento me impedia de prestar atenção em outras coisas mais importantes:
-Por onde ele anda? Já faz alguns dias que não o vejo. Será que ele ainda lembra de mim? Certo que nem meu nome sabe mais... Será que um dia voltarei a encontrá-lo?
Antes que eu continuasse meu pensamento que alimentava mais ainda minha obsessão, uma voz fez com que tudo se repetisse lentamente... Eu só conseguia ouvir aquela voz.
PAMELA, PAMELA,PAMELA,PAMELAAAAA!
Por alguns segundos tive medo de olhar pra trás. Meu coração batia fora de compasso, minhas mãos tremiam e meu rosto estava quente.
A minha preocupação de segundos atrás se resolvia ali.
Me virei e tentei esconder a minha euforia diante dele.
-Oi Thomas!- eu disse baixinho e segurando uma lágrima que insistia em aparecer.
-Oi Pamela! Como estas?- Disse ele com um sorriso acariciando meus ombros,seguido de um aperto de mãos.
Fizemos um rápido comentário sobre o dia,conversa breve. Estávamos com pressa. Ele tinha assuntos da faculdade pra resolver e eu corria pra não perder o ônibus da volta pra casa.
Nos despedimos da mesma forma como nos encontramos.
Minhas mãos ainda tremiam,meu rosto ainda estava quente e eu não precisava mais segurar as lágrimas.
Chorei...não sei se de alegria,de alivio ou arrependimento por ter novamente escondido um sentimento que no direito de um ser amado.Ele deveria saber.